Mais uma vez o angolano Nastio Mosquito detona em seu novo trabalho, o álbum “Se eu fosse angolano”. Poeta, cantor, performer, artista plástico, filósofo… não sei bem como definir o papel que ele representa. Talvez artista seja a palavra certa, não? A plataforma não importa tanto quanto a mensagem, a vontade se subverter, de questionar, de fazer tudo isso com humor, de se expor, de se colocar a prova.
Estes dois vídeos ultra bem dirigidos por Vic Pereiró, parceiro antigo de Nástio, têm um som com a mesma base, um quê de música contemporânea do Recife. Mas são dois padrões estéticos bem diferentes entre si. O de baixo, “Desabafo de um qualquer angolano”, é um pouco mais psicodélico e abstrato. O de cima, “Tecnologia do Ancião”, é simples e genial. Na linha do menos é mais. De uma maneira sutil e bem humorada, Nástio confronta o kandengue (a criança), com o kota (o velho, o senhor).
E pergunta: Como ancião é vida com morte à sua frente? Como ancião assume talento antes do tempo? Como ancião é sorriso lindo sem os dentes?
Vale navergar pelo site do Nástio e conhecer mais do trabalho dele.